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domingo, 15 de julho de 2012

Always Look to the Bright side of the Moon

Always Look to the Bright side of the Moon
ou
Há males que vêm por bem!


Toda a nossa Academia tem vivido sentimentos algo “intensos” nos últimos dias…parece-me!

Começámos com o “chumbo” do Plano Estratégico (PE) pelo C. Geral a que se seguiu a publicação do texto sobre a “Privatização da Universidade” (seguido de outros…) e que culminou com o comunicado à Academia por parte do Sr. Reitor.

Nos três casos que aponto tive, eu própria, reacções díspares (se bem que semelhantes entre si): comecei por me preocupar; no intermeio consegui rir-me; por fim adoptei a minha “máxima” de vida: Always look to the bright side of the moon!

Decidi partilhar convosco o que “vi” de cada lado da lua, o negro e o brilhante (decididamente o mais bonito!)

“Chumbo” do plano Estratégico pelo CG:

Lado negro:
Foi decididamente mau ter acontecido:
  • É mau não termos ao fim de dois anos um PE consensual, aprovado e pronto a ser aplicado;
  • É mau que não se tenha produzido um documento previamente discutido, acordado e “trabalhado” com as unidades orgânicas da casa;
  • É mau que estejamos, numa altura crítica para o País e para a Universidade (estamos no período de candidaturas), sem Estratégia aprovada.

Lado BRILHANTE:
Tem que ser pensado e produzido um novo plano!
  • Os homens, principalmente os homens de ciência, estão habituados a “aprender com os erros”, logo este "chumbo" só pode ter consequências positivas.
  • O novo plano  será SEMPRE melhor, e nesse novo PE, o lado “negro”, que atrás referi, será certamente “abrilhantado” ou não fossemos nós, docentes universitários, homens de ciência!

A “Privatização da Universidade”

Lado negro:
A ser verdade seria um susto!
  • Tal como eu, levianamente, pensei de inicio, mais gente assim pensou e “obrigou” a muitas explicações, desnecessárias, e eventualmente penosas.
  • Tivemos que explicar, o inexplicaével ,o que é sempre dificil.

Lado BRILHANTE:
A Academia REAGIU!

Toda a gente de uma forma ou de outra se interrogou, pensou e ACORDOU!


Comunicado do Reitor à Academia

Lado negro:
A Universidade tem passado por maus momentos nos últimos anos, como recentemente com o chumbo do PE que nos deixa sem estratégia.
  • Só AGORA o Reitor viu motivos para se dirigir à Academia (aliás agora e no caso da “queima das fitas”).
  • Confirmou-se que há uma  comunicação com a Academia totalmente desajustada, mais reactiva do que próactiva ou construtiva.

Lado BRILHANTE:
Deduz-se, do comunicado do Reitor, que estão a ser pensadas e discutidas medidas direccionadas para os alunos. Isto é positivo!
  • Estas medidas, agora anunciadas, não estavam incluídas no PE logo parece poder inferir-se que um novo PE estará a ser gizado!?
  • Como se afirma no anterior plano estratégico: “A aprovação do Plano Estratégico pelo Senado Universitário e pelo Conselho Geral não constitui o fim, mas antes o início do processo de gestão estratégica da Universidade de Évora, cujo propósito consiste na concretização da visão estratégica do Plano”. O plano apresentado, ao ter sido “chumbado” no CG, OBRIGA (pelo menos aconselha vivamente) à apresentação de outro que permitirá concretizar a referida “visão estratégica”.
Resumindo:

Qual é para mim o bright side of the moon neste conjunto de acontecimentos?

A Academia está VIVA, acredita na sua UNIVERSIDADE, a REITORIA, após o chumbo do PE anterior, parece disposta a delinear um NOVO plano estratégico PE, mais DISCUTIDO e mais PARTICIPADO, e vai apresentar medidas CONCRETAS!

A reter:
Somos cientistas, analisamos os erros de forma crítica e somos, geralmente, capazes de melhorar!

É bom que o façamos também neste caso!

sábado, 14 de julho de 2012

A Comissão Europeia lançou um novo diálogo sobre Ensino Superior, especialmente dirigido aos países do Mediterrâneo

A Comissão Europeia lançou um novo diálogo sobre Ensino Superior, especialmente dirigido aos países do Mediterrâneo

A 3 de Julho de 2012 a  Comissão Europeia lançou um novo diálogo, sobre políticas e programas especialmente dirigido aos países mediterrânicos.
Esta medida está inserida no “roadmap” para garantir e promover o progresso nestas regiões e com isso, ajudar a reforçar as dinâmicas de democratização decorrentes da “primavera árabe”.
O ministro Cipriota (Presidência do Conselho Europeu de Julho a Dezembro) esteve presente bem como o ministro da Educação Líbio.
No seu discurso, a Comissária para a Educação salientou, mais uma vez, o significado que a Comissão dá à Educação como forma de garantir a democratização e o crescimento das populações.
Para apoiar este esforço, a Comissão reforçou amplamente o financiamento dos programas internacionais, TEMPUS que suporta as acções de modernização (mais 12.5 milhões em 2012 e 201), e ERASMUS MUNDUS com mais 80 milhões para países do Sul e países vizinhos.
O diálogo agora iniciado, lê-se no comunicado, tem como principais objectivos avaliar necessidades futuras, promover a modernização dos sistemas de Ensino Superior e a sua convergência voluntária para o Espaço Europeu de Ensino Superior (EHEA) e Espaço Europeu de Investigação (ERA), bem como melhorar o conhecimento destes países sobre os programas e a ferramentas que a Comissão tem disponíveis para ajudar a fortalecer o Sistema de Ensino Superior, única forma de poderem, esses países, seguir uma via de crescimento e de democracia.
Ao mesmo tempo foram discutidas os novos programas que entrarão em vigor para o período 2014-2020.

A necessidade deste diálogo foi justificada pelo facto de, em conversações anteriores, se terem identificado algumas deficiências tais como:
·                    Falta de professores, consequentemente dificuldades em aumentar o número de estudantes ou seja, impossibilidade de universalizar o acesso a Educação.
·                    Dificuldades do corpo docente em se actualizar e desenvolver.
·                    Falta de ligação entre os programas oferecidos e as necessidades reais do país.
·                    Falta de financiamento.
Apesar de a Comissão ter financiado entre 2002 e 2011 inúmeras Instituições e acções, por via do programa TEMPUS, e ter atribuído inúmeras bolsas de doutoramento e de pós-doutoramento, ao abrigo do programa ERASMUS MUNDUS, essas acções vão agora ser ainda mais reforçadas.

A Universidade de Évora tem ensaiado alguns passos, uns mais tímidos outros menos, nesta cooperação. Temos, aliás, alguns casos de sucesso, temos uma posição geográfica facilitada, temos alguma experiência acumulada.

Ou seja: estamos, à partida, muito bem posicionados para nos mexermos:
Dou um exemplo:
·                    Há, nestes países,  falta de professores a todos os níveis?
Pois nós temos experiência em formação de professores e temos corpo docente qualificado para o fazer.

·                   Há falta de qualificação dos Professores do Ensino Superior?
O que mais temos na UE é cursos de Mestrado e Doutoramento capazes de albergar mais estudentes, e mais docentes que precisem de qualificaÇão.

·                    Precisam de exemplos de “boas práticas”?
Temos uns Serviços Académicos muito bem informatizados e um Serviço de Informática excelente.

·                    O Mundo tem necessidade de utilizar racionalmente a energia!
Estes países têm sol como nós e nós temos um curso de energias renováveis único e uma “cátedra em energia renováveis”.

Estes são apenas alguns dos exemplos; muitos outros podem ser identificados, estou certa:

Mas a questão é:
Onde estamos nós, Portugal e nós UÉ , em relação a estas acções?
Qual a estratégia que vamos definir JÁ HOJE?
…vale a pena pensar nisto!

No nosso plano estratégico (PE), que não temos, esta seria uma das acções a propor: “reforçar a ligação aos países abrangidos por estes reforços de financiamento”

Não basta querer aumentar a Internacionalização, é preciso dizer COMO!
Aqui têm um como!
Vamos a isto!?

Para mais informação, consultem:
Erasmus Mundus